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Tumores e cistos no ovário em crianças

Lesões no ovário em crianças usualmente possuem diagnóstico, tratamento e evolução bastante diferentes das que ocorrem em adultos. Por isto, meninas com tais lesões necessitam de avaliação de profissionais com experiência na faixa etária pediátrica.

Algumas lesões ovarianas podem ser diagnosticadas ainda no período intra-uterino. Estas costumam representar cistos de natureza benigna, secundários à estimulação hormonal materna durante a gestação. Tais cistos podem torcer ainda no período pré-natal, regredir espontaneamente após o nascimento ou necessitar de intervenção. Diante do diagnóstico de uma lesão ovariana, ainda no período intra-uterino, obstetra e cirurgião pediátrico costumam conduzir a situação em conjunto.

Também, no início da puberdade, meninas podem apresentar cistos de ovário benignos, devido às mudanças hormonais características desta faixa etária. Da mesma forma, podem ser tratados clinicamente ou necessitar de intervenção, de acordo com as características da lesão. Neste particular, pediatras, ginecologistas com experiência em Pediatria (manejo hormonal) e cirurgiões pediátricos costumam atuar em conjunto, buscando o tratamento mais adequado para cada paciente.

Por outro lado, tumores malignos podem acometer o ovário, em crianças. Tais lesões podem ocorrer no período de vida em que a criança não possui estimulação hormonal fisiológica (meses após o nascimento até início da puberdade) ou já após ter iniciado a puberdade. Quando isto ocorre, na maioria das crianças, o tipo de lesão é diferente da que ocorre em adultos, com melhor evolução e resposta ao tratamento.

Algumas lesões ovarianas mesmo malignas podem apresentar comportamento benigno, como os teratomas maduros. Estes necessitam apenas de tratamento cirúrgico (seja apenas retirada da lesão, seja retirada de todo o ovário).

Também, há outras que são malignas em sua celularidade mas também em seu comportamento, necessitando não apenas de intervenção cirúrgica, mas tratamento com quimioterapia. É importante que, diante da suspeita de um tumor ovariano, a criança seja conduzida por profissionais com experiência em tumores pediátricos (usualmente um Cirurgião Pediátrico com experiência em Oncologia e um Oncologista Pediátrico). Toda criança com lesão tumoral ovariana, mesmo curada, necessita de seguimento após a cirurgia, por risco de aparecimento de novas lesões.

Nas situações em que há indicação de intervenção cirúrgica, dependendo do padrão da lesão, pode se considerar abordagem por videolaparoscopia (cirurgia minimamente invasiva) ou assistida por robótica.

 

Bibliografia

Madenci AL et al. Preoperative risk stratification of children with ovarian tumors. J Pediatr Surg., 2016.

Abbas PI et al. Ovarian-Sparing Surgery in Pediatric Benign Ovarian Tumors. J Pediatr Adolesc Gynecol., 2016.

Dr. Aldo Melo – Cirurgia Pediátrica

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